Marketing para Médicos: O que não pode fazer no digital segundo as regras do CFM

Saber como utilizar corretamente o marketing para médicos é fundamental para não ter problemas sérios com o CFM (Conselho Federal de Medicina). 

Apesar de usar os mesmos canais digitais que outros profissionais e empresas, os médicos e profissionais de saúde possuem diretrizes mais específicas que precisam seguir quando forem divulgar seus serviços. Para que você possa compreender mais claramente, acompanhe a leitura.

O que é o CFM?

Marketing para Médicos: O que não pode fazer no digital segundo as regras do CFM
Crédito: Freepik

O Conselho Federal de Medicina, fundado em 1951, é o órgão que fiscaliza a prática médica em todo território nacional. 

A necessidade da criação do Conselho veio a partir do desejo de que a prática médica fosse uniformizada em todo país, garantindo atendimento profissional para toda população. 

Além de fiscalizar e regular a prática da medicina como um todo, também possui uma legislação específica para a prática de marketing médico, que é regulado através da Resolução CFM 1974/11 (Manual de publicidade médica). 

Essa resolução impede que exista propaganda enganosa e sensacionalista, e que os profissionais tenham ética também na forma de divulgar seus serviços, se valendo de diretrizes que devem ser seguidas por todos. 

A ideia principal é evitar que existam processos éticos-disciplinares devido ao uso abusivo, ou sensacionalista, das ferramentas de mídia que existem atualmente à disposição de todos os profissionais.

Quais são as regras do CFM sobre publicidade médica?

Dentro da Resolução CFM 1974/11 os profissionais encontrarão todas as diretrizes que devem obedecer na hora de fazer qualquer tipo de propaganda e divulgação de seus serviços, bem como de seus estabelecimentos. 

A utilização das ferramentas de marketing para médicos, sejam digitais, ou físicas, devem obedecer às regras que estão no documento que pode ser baixado gratuitamente no site do CFM, e que todo profissional médico deve tomar conhecimento. 

Dentre os assuntos abordados pelo documento, podemos destacar:

  • Critérios gerais de publicidade e propaganda para o profissional individual, para empresas/estabelecimentos de serviços médicos particulares e também os serviços médicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
  • Critérios específicos para anúncios publicitários e de propaganda;
  • Critérios específicos para material impresso de caráter institucional (receituários, formulários, guias etc.);
  • Critérios específicos para publicidade e propaganda em TV, rádio e internet Critérios para a relação dos médicos com a imprensa (programas de TV e rádio, jornais, revistas), uso das redes sociais e participação em eventos (congressos, conferências, fóruns, seminários etc.)

Veja o que não é permitido no marketing para médicos

Sem dúvida o capítulo que mais interessa aos profissionais é o de “proibições gerais”, que recomendamos que seja lido com bastante atenção por todos os médicos e profissionais de saúde que desejam fazer marketing de seus serviços. 

Dentre as principais proibições podemos destacar:

  • Fazer autopromoção do profissional utilizando textos como sendo “o melhor”, “mais capacitado”, “único especializado”, etc.
  • Fazer propaganda assegurando “resultado garantido” nem ao paciente, nem aos seus familiares.
  • Usar pessoas conhecidas (celebridades) falando que são pacientes do profissional em questão (mesmo que sejam).
  • Usar fotos de partes do corpo humano afetadas por doenças, para não causar impacto assustador, as informações devem ser todas focadas no tratamento em si.
  • Veicular tabelas, gráficos e qualquer outro tipo de material, em qualquer mídia ou veículo de propaganda, que não esteja baseado em estudos clínicos veiculados em publicações científicas.
  • Utilizar imagens de antes/depois dos pacientes, sem a devida autorização dos mesmos.
  • Anunciar especialidades para as quais o profissional não possua certificação, nem divulgar posse de equipamentos, conhecimentos e procedimentos que possam ser subentendidos como diferenciação de outros profissionais.

Essas são apenas algumas proibições da Resolução CFM 1974/11 que, além de toda regulamentação, também possui modelos de documentos e anúncios que podem ser utilizados como parâmetro para que os profissionais façam seu próprio marketing. 

O que um médico pode fazer no ambiente digital?

Mesmo com todas as restrições do CFM, é possível desenvolver um bom planejamento de marketing para médicos atendendo completamente a base principal da Resolução CFM 1974/11 que é a ética profissional. 

Dessa forma o médico pode criar conteúdo relevante para o público dando dicas sobre:

  • alimentação saudável,
  • como prevenir algumas doenças simples,
  • falar sobre a importância de sempre procurar um profissional e outros.

Veja, o que o profissional deve evitar é o uso da internet como um propagador de falsas informações (que já existem aos montes), e coibir a prática do autodiagnostico e da automedicação. 

Associar a imagem do profissional com informações seguras e sérias, é o primeiro passo para se posicionar como autoridade no assunto perante o público e também aos pacientes em potencial. 

  • Produzir e-books informativos
  • criar um “newsletter da saúde” para quem já é paciente
  • fazer uma série de postagens sobre um assunto específico
  • criar infográficos e peças visuais informativas

Todas essas práticas são permitidas e que ajudarão muito na divulgação dos serviços profissionais. 

A melhor forma de não sofrer uma punição pelo CFM por má propaganda, é justamente utilizar o marketing de conteúdo como o melhor aliado tanto da divulgação dos serviços como também da atração de novos pacientes.

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Quais são as consequências do CFM para quem não segue as regras?

Os profissionais que infringirem as determinações da Resolução 1974/11 poderão sofrer punições que vão desde advertências até a suspensão do direito de praticar a medicina (suspensão do CRM). 

Dessa forma é imprescindível ler a Resolução completa, ver o material de apoio e modelos que são permitidos e focar a produção de conteúdo com base na prática correta desses critérios. 

Utilizar o marketing digital de forma a criar uma imagem pública respeitável é o primeiro passo que o profissional precisa dar para ter efetividade digital focada em passar boas informações e prestar ótimos serviços. 

Seja um profissional individual, ou uma clínica especializada, todos devem seguir as regras do CFM para a boa prática do marketing para médicos contribuindo para a melhor informação da população que, cada vez mais, busca informações sobre saúde na internet. 

Aparecer em primeiro lugar sempre que alguém faz uma busca desse tipo é a principal meta que cada profissional precisa alcançar para atrair mais pessoas que estejam interessadas em seus serviços. 

Ei doc! Espero que esse artigo falando sobre a regulamentação do uso da publicidade para médicos, ajude você a adaptar seu conteúdo para atender completamente a legislação. 

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Deia Dariva

Estrategista de conteúdo e especialista em marketing médico

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